Em meados de agosto, a vereadora Filipa Brunelli (PT) questionou a Prefeitura, por meio do Requerimento nº 1295/2025, a respeito da transferência dos dois conselhos tutelares de Araraquara para o prédio onde funcionava a Unidade de Métodos Diagnósticos “Dr. José Roberto Polletti” (Umed), localizado na Rua Gonçalves Dias, nº 468. A mudança, ocorrida em 20 de agosto deste ano, segundo a parlamentar, gerou preocupações de servidores quanto às condições estruturais do imóvel e à segurança dos profissionais e munícipes atendidos.
Em resposta, a Prefeitura informou que a decisão de reunir os conselhos em um único endereço foi pautada pelo “melhor interesse público” e pela necessidade de ampliar a eficiência e eficácia dos serviços prestados à infância e à adolescência, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Executivo destacou ainda que a localização central, próxima ao Terminal de Integração de Ônibus, garante maior acessibilidade aos usuários e facilita o deslocamento de conselheiros e servidores.
A Administração Municipal afirmou também que o imóvel passou por melhorias e adaptações estruturais, incluindo intervenções de acessibilidade e segurança, possibilitando o funcionamento simultâneo das duas equipes de trabalho e o atendimento ao público. “A vistoria técnica foi realizada pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, que atestou a viabilidade do prédio após as adequações”.
De acordo com a Prefeitura, as intervenções tiveram como prioridade a segurança e a integridade física de conselheiros, servidores e munícipes, assegurando condições dignas de uso. O órgão assegurou também que estão previstas melhorias contínuas no imóvel, seguindo a legislação vigente, para garantir qualidade no atendimento e preservação da privacidade nas situações acompanhadas pelos conselhos tutelares.
Avaliação da vereadora
“A resposta enviada pela Prefeitura não condiz com a realidade encontrada no prédio para onde foram transferidos os Conselhos Tutelares. Nosso gabinete recebeu diversas denúncias, acompanhadas de fotos enviadas por munícipes, que relatam as condições precárias do imóvel, que colocam em risco a integridade física dos profissionais que ali trabalham, além de não oferecer a estrutura necessária para o atendimento digno da população. Diante dessa situação, já estamos reunindo todas as informações para novamente questionar a Prefeitura, inclusive em razão da resposta apresentada ao Requerimento nº 1295/2025, que não reflete o que de fato acontece no local”, disse Filipa.