Após receber reclamações de funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Araraquara sobre aumento da demanda de atendimentos, o vereador Marchese da Rádio (Patriota) cobrou explicações da Prefeitura por meio do Requerimento nº 1162/2021, protocolado no dia 13 de dezembro de 2021. De acordo com resposta do governo municipal, enviada à Câmara em 06 de janeiro, devido à queda dos casos de Covid-19 no final de 2021, serviços de baixa complexidade, antes direcionados à empresa terceirizada, voltaram a ser realizados pelo Samu.
No ofício, o coordenador executivo de Urgências e Emergências, Fábio Henrique Marconato, explica que, antes da pandemia de Covid-19, os serviços de baixa complexidade eram realizados pelo Samu, sendo que, “somente com o aumento da demanda, diretamente relacionada à pandemia, é que oportunamente a municipalidade entendeu por bem proceder à contratação de empresa terceirizada destinada à prestação de serviços de remoções inter-hospitalares e altas de acamados, priorizando ao Samu apenas os atendimentos de APH [Atendimento Pré-Hospitalar]”.
Ainda segundo o coordenador, em caso de alta demanda, a empresa terceirizada MasterMed seria acionada para a realização do serviço, como colaboradora complementar, já que o contrato permanece vigente. A medida seria uma forma de “otimizar o uso de recursos municipais, bem como propiciar economia aos cofres públicos”, nas palavras do gestor, que também citou o incremento recente de uma ambulância social, lotada na UPA Central, destinada aos serviços de altas hospitalares e encaminhamentos de pacientes de baixa complexidade para exames de tomografia na Unidade de Retaguarda do Melhado.
No documento parlamentar, Marchese também questionou se a quantidade atual de servidores do Samu seria suficiente para atender a demanda do município e se, de fato, apenas um motorista socorrista teria sido contratado para compor a equipe.
Sobre essas questões, o coordenador informou que, atualmente, a equipe conta com 125 funcionários, entre agente administrativo, apoiadores de limpeza, agentes operacionais, telefonistas, rádio-operadores, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, motoristas socorristas, enfermeiros e médicos. No entanto, alguns desses profissionais estão afastados. Diante do quadro, em agosto de 2020 e em dezembro de 2021, foi solicitada a contratação, respectivamente, de três e de dois motoristas socorristas, mas apenas uma foi autorizada, tendo sido preenchida em julho de 2021.