sexta-feira, 22, novembro, 2024

Araraquara tem o janeiro mais mortal da história

No mês que marcou avanço dos casos pela ômicron, óbitos cresceram 20% em relação ao mesmo mês de 2021

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O aumento de casos de Covid-19 causados pela variante ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano pode ser uma das explicações para o recorde histórico de óbitos registrados pelos Cartórios de Registro Civil de Araraquara em janeiro de 2022, o mais mortal desde o início da série histórica em 2003, com um aumento de 48% nos falecimentos por pneumonia em comparação ao mesmo mês de 2021.

Em janeiro de 2022 foram registrados 219 óbitos na cidade, um aumento de 20% em relação a 2021, que registrou 182 mortes no mês, e que já havia registrado crescimento de 9% nas mortes em relação a janeiro de 2020, ainda antes do início da pandemia. Já as mortes por pneumonia passaram de 27 em janeiro de 2021 para 40 neste ano. Em 2020, antes da pandemia, foram 39 óbitos pela doença.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 Cartórios de Registro Civil do País — presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros –, e cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.

Outro dado observado pelos números de óbitos registrados pelos Cartórios de Araraquara está relacionado ao crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano na comparação com o primeiro mês do ano passado: AVC (20%) e Causas Cardiovasculas Inespecíficas (54%). Também registraram crescimento as mortes por Septicemia (15%) e Covid-19 (20%).

“Os números dos Cartórios de Registro Civil mostram mais uma vez, em tempo quase que real, o retrato fidedigno do que acontece com a população brasileira. Embora haja uma diminuição clara nos óbitos por Covid-19, ainda não se conhecem todos os efeitos das novas variantes, em especial da ômicron, que, diante do aumento de casos no último mês, parece ser a causa do crescimento de óbitos de outras doenças, como a pneumonia, doenças do coração e septicemia”, explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen/BR.

Redação

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