O presidente Jair Bolsonaro escolheu o ator Mário Frias para a Secretaria Especial da Cultura. O ator substituirá a atriz Regina Duarte, que deixou o cargo há cerca de um mês. A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (19) em edição extra do “Diário Oficial da União”.
Frias tem 48 anos de idade e é o quinto secretário de Cultura do governo federal em 17 meses. Nesse período, a Secretaria de Cultura já passou pelo comando de: Regina Duarte, Roberto Alvim, Ricardo Braga eHenrique Pires.
O ator se reuniu com Bolsonaro há um mês, no Palácio do Planalto. Segundo fontes ouvidas pela TV Globo, no encontro, o presidente fez o convite e Frias aceitou.
Perfil
Nas redes sociais, o ator é um defensor de Bolsonaro e compartilha publicações de políticos aliados do presidente.
Na véspera da demissão de Regina Duarte, Frias almoçou no Palácio do Planalto com Bolsonaro e representantes de Vasco e Flamengo.
Mário Frias despontou como galã no final dos anos 1990 em “Malhação”, na TV Globo. Antes, atuou no seriado “Caça-talentos”, protagonizado por Angélica no papel da Fada Bela. Treze anos após seu último papel em “Malhação”, ele retornou em 2014 para mais uma temporada da novela.
Frias também atuou em algumas novelas na TV Globo, como “Senhora do Destino”, quando interpretou o deputado Thomas Jefferson, e “Verão 90”, no papel de Renê, marcando o último trabalho do ator em novelas.
Em 2007, participou da terceira edição do quadro “Dança no gelo” no “Domingão do Faustão”, ficando com o terceiro lugar na competição.
Frias também atuou em novelas nas TVs Bandeirantes, como “Floribella”, e Record, como “A Terra Prometida”. Ele ainda apresentou programas de viagens na TV, entre os quais “Tô de Férias”, no SBT, e a “A Melhor Viagem”, na RedeTV.
Frias também teve um breve trabalho voltado para a música ao lado da banda Zona Zero, da qual era vocalista e compositor de algumas das canções.
Secretaria de Cultura
A pasta é vinculada ao Ministério do Turismo e herdou a estrutura do Ministério da Cultura, extinto por Bolsonaro.
Cabe à Secretaria de Cultura lidar com temas como economia criativa, direitos autorais, preservação do patrimônio histórico e democratização do acesso a teatros e museus, por exemplo.
A missão dada por Bolsonaro a Frias envolve comandar um orçamento de R$ 366,43 milhões em 2020 – 36,6% menor que os R$ 578,3 milhões do ano anterior. Os valores não incluem a verba das sete entidades vinculadas à secretaria, que são as seguintes:
- Agência Nacional do Cinema (Ancine), responsável por fomento, regulação e fiscalização do mercado audiovisual;
- Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), responsável pela gestão de 27 museus federais e pela política nacional do setor;
- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pela gestão do patrimônio cultural brasileiro;
- Biblioteca Nacional, responsável por “coletar, registrar, salvaguardar e dar acesso à produção intelectual brasileira”;
- Fundação Casa de Rui Barbosa, criada para divulgar a vida e a obra do jurista – um dos principais intelectuais da história do Brasil;
- Fundação Nacional de Artes (Funarte), criada para promover e incentivar o desenvolvimento e a difusão das artes no país;
- Fundação Cultural Palmares, voltada à promoção e à preservação da influência negra na formação da sociedade brasileira.