Com previsão de chuvas para o início da próxima semana em Araraquara, a Secretaria Municipal da Saúde, através da Vigilância em Saúde, volta a alertar a população sobre os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. O alerta se dá em virtude dos inservíveis que podem acumular água e servir de criadouros do mosquito.
Neste ano de 2020, foram registrados, até este mês de setembro, 213 casos de dengue, com redução acentuada de casos confirmados nos últimos meses. Em setembro não há casos confirmados até o momento.
No entanto, a preocupação da Vigilância em Saúde é o alto índice de infestação de fêmeas adultas do Aedes que vêm sendo registrado pelo sistema integrado de controle do mosquito da dengue, neste no período de estiagem.
Este sistema integrado consiste no levantamento entomológico semanal que é feito a partir de análises de armadilhas instaladas nos quintais de residências, em diferentes bairros da cidade. Os dados são sistematicamente analisados para direcionamento das ações de controle do vetor.
Para Rodrigo Ramos, coordenador de Vigilância em Saúde, é preciso o alerta de toda a população, bem como conscientização e cuidados. “Agora com essa previsão de chuva no início da próxima semana, a população precisa colaborar com a limpeza dos quintais, antes e depois da chuva, para evitar que inservíveis sirvam de criadouro para as fêmeas adultas, transmissoras da dengue. É uma vistoria que não demora mais do que 15 minutos; é preciso olhar se ficou algum recipiente com água parada, olha as calhas, ralos e lajes, enfim, eliminar tudo que possa dar condições para o mosquito se proliferar”, detalha Ramos.
O coordenador de Vigilância em Saúde reforça a importância da participação da população em geral no combate ao mosquito, destacando que a Covid-19 impôs mudanças significativas no trabalho casa a casa que vinha sendo feito sistematicamente desde o ano passado. Por questão de segurança e obedecendo as medidas sanitárias de prevenção ao novo Coronavírus, foram interrompidas as vistorias realizadas nas residências de idosos – que são do grupo de risco – e também das pessoas que alegam estar com sintomas gripais no momento da abordagem dos agentes. Além disso, houve redução do quadro de pessoal na Saúde, em cumprimento à medida judicial que determinou afastamento imediato dos servidores públicos municipais com idade igual ou superior a 60 anos, com comorbidades, por integrarem o grupo de risco no contágio da doença. Muitos da área da Saúde que atuam no combate à dengue foram afastados, defasando as equipes de bloqueio.
“De 6 a 10 dias após a chuva, se não forem eliminados os criadouros nos quintais, poderá haver aumento significativo de fêmeas adultas do Aedes. Os munícipes precisam colaborar com este trabalho, que deve ser de todos”, destaca o coordenador de Vigilância em Saúde, Rodrigo Ramos, que lembra que 80% dos criadouros estão nas residências.