O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a Receita Federal e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) realizam hoje a segunda fase da Operação Arinna, cujo alvo é um esquema de adulteração de combustível que movimentou R$ 4,8 bilhões. Com o esquema, a organização criminosa investigada teria conseguido sonegar R$ 270 milhões em tributos federais.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados de São Paulo e do Mato Grosso. Araraquara e Ibaté estão na lista.
A nova operação foi deflagrada depois que novas investigações apontaram que as empresas Sun Energy Indústria e Comércio, Importador e Exportador de Lubrificantes e Aditivos Eireli e a Confidence Trading Comércio, Importação e Exportação de Produtos Químicos Eireli, alvos da primeira fase da operação, comercializaram, aproximadamente, R$ 82 milhões de Nafta. Essa substância é conhecida por ter a composição química muito semelhante à da gasolina e um custo menor.
As duas companhias obtinham autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para aquisição de Nafta sob a justificativa de que o produto seria utilizado como insumo pela indústria petroquímica.
O principal financiador do “esquema”, que também figura como um dos grandes devedores da Fazenda Nacional e do Estado de São Paulo, para permanecer oculto nas operações de importação e comercialização dos produtos citados, utilizou contas de terceiros, as quais acolheram créditos superiores a R$ 490 milhões no transcorrer de três anos.
Participam da operação sete promotores de Justiça, 15 auditores fiscais, seis analistas tributários e mais de 90 policiais rodoviários federais nas cidades de Valinhos, Paulínia, Araraquara, Ibaté, Ribeirão Bonito, no estado de São Paulo, e em Cocalinho e Cuiabá, ambas no Mato Grosso.
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