quinta-feira, 9, maio, 2024

O QUANTUM DO SABER

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Está praticamente pronto o Acelerador de partículas, em Campinas, do tamanho do Maracanã, com 518 metros de circunferência, no CNEPM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), um dos projetos mais brilhantes da história da ciência brasileira. Um laboratório de 4ª geração, avaliado em 2 bilhões de reais e só comparado ao MAX-IV, da Suécia. Uma obra fantástica que só nos dá orgulho.
Desde priscas eras, o problema da constituição da matéria
sempre instigou a curiosidade humana. Afinal, de que seria feita? A primeira sugestão que mais se aproximou da realidade foi a de um filósofo grego de nome Demócrito (430-370 a.C.), que acreditou que toda matéria poderia ser cortada até chegar num elemento primário, indivisível, a que chamou de “átomo”, palavra originada do grego – átomo, aquilo que é indivisível.
A sua existência acabou sendo provada pela ciência no início do século XIX, quando o físico inglês John Dalton (1766-1844 )- aquele do daltonismo visual-, descobriu que cada substância pura era constituída de um único material, ao qual manteve o seu primitivo nome: “átomo”, consagrando o filósofo Demócrito nos anais da física clássica.
O cientista escocês James Maxwell (1831-1879), estudando a natureza da luz afirmou que a mesma seria constituída por ondas eletromagnéticas.
Todo objeto que se encontra em temperatura ambiente é visto, porque reflete a radiação das ondas de luz em comprimento e frequência determinadas, as quais se encaixam no nosso espectro visual. Entretanto quando esse mesmo objeto é aquecido em altas temperaturas ele não reflete a luz que incide sobre ele, mas emite luz própria em intensidade suficiente para visualizarmos. Estudando esse fenômeno, o cientista alemão Kirchoff (1824-1887) deduziu que a sua radiação emitida “só dependia da temperatura e não do material”. O objeto que age dessa forma é chamado de “corpo negro”, nome este que nada tem a ver com “buraco negro” da astronomia. O “corpo negro”absorve toda a radiação que incide sobre ele”. Quando os físicos
buscavam explicar as leis da radiação do “corpo negro” pela
física clássica, os dados obtidos experimentalmente se mostravam incompatíveis com a teoria ondulatória de Maxwell.
Essa dúvida só foi extinta pela teoria do físico alemão Max
Planck (1858-1947) que sugeriu a teoria do “Quantum”, ou seja a luz caminharia através de pacotes de partículas, chamadas de “quantum”, que para a luz seria designada por fótons. Daí surgiu o nome de “Física Quântica”, quando o mais certo seria “Física Planckita” e assim, foi reconhecido como o pai da matéria. Física quântica estuda o microcosmo da matéria. Nem a física quântica é fácil de ser entendida e nem essa crônica, claro, tem o objetivo de ensiná-la.
No decorrer do século XX descobriu-se que o átomo não era a última matéria da matéria. Quebraram o átomo do Demócrito, coitado, que acreditara indestrutível. Hoje sabe-se que os átomos são formados por partículas subatômicas como os prótons, neutrons, elétrons, pósitrons e outras, além de suas respectivas antimatérias. Sabemos agora que toda partícula tem uma antipartícula, com a qual ela pode se anular. Neste caso podemos imaginar a possibilidade de haver um anti mundo, bem como antipessoas totalmente feitos por anti partículas ou antimatéria. Imagine o leitor que teve um físico austríaco – Erwin Schrödinger (1887 – 1961), prêmio Nobel de física em 1933, que afirmou que um gato dentro de uma caixa hermeticamente fechada e submetido a uma pequena radiação pode estar vivo e morto ao mesmo tempo? Entendeu. . Então quer dizer que pode haver um antieu? . Sim. Só que se a senhora encontrar o seu antieu, surgirá uma explosão e os dois se anularão.
A senhora está dizendo que se assim for, seria ótimo para o
Brasil? E até já pensou na possibilidade de um político do “Centrão” de Brasília, encontrar seu antipolítico, assim ambos se anulariam?
– Bem. Isso é a senhora quem diz. E não me venha com
chorumelas negativistas. Daqui a pouco a senhora vai dizer que a terra é esférica, quando estamos cansados de saber da sua planura, rigorosamente planificada em planícies e planaltos.

Redação

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