segunda-feira, 25, novembro, 2024

O semblante

Crônicas do Ser

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Leonardo Daniel

O semblante não é uma cicatriz, estampada no rosto. Feita das consequências dos nossos erros, porque ele é leve, é um cultivo de bons pensamentos, que torna a vida etérea, sendo cabível a qualquer momento; feito de nuvens e não de ferro. Ele é uma marca antagônica que brinda contra o pecado de todo erro. Um pecado que não vai adiante. Esse aspecto do rosto nasce dos sorrisos sendo muito bonito de se ver e de imaginar.

Cabe ao semblante captar de toda experiência algo positivo, correndo o risco de ter que esperar. Sabendo que ele é uma continuação do olhar, um olhar singelo e ao mesmo tempo meio fugaz; que afinal se vale das desistências ininterruptas do ser – para cravar na relação de inércia o que vale a pena viver.

Quem tem o semblante bonito transborda paz, e, é belo. É agradável, e, tem carisma, é dono de uma beleza espiritual, que difere da belezasimplesmente física e normal. É a vida feita de amor que desafia o tempo, de quem é bonito e, também está em quem é mais velho. Um misto de dedicação e ternura. Lembrando como eu já disse em outra crônica, ternura é ter a alma nua. Ou seja, desarmada.

Essa expressão no rosto canta uma vitória. A vitória de quem venceu o mal dentro de si mesmo. Ele não precisa pedir por socorro, ele já é um outro nível de missão. Onde a vida preza por alentos só presente no talento de cada um. Cabe a ele dizer para onde vamos, qual é o sentido que nos diz. O semblante presta seus serviços a todos aqueles que amam de verdade, e chama pra si – toda responsabilidade. O semblante é antecessor do sorriso. E os sorrisos têm como continuação o semblante.

Assim fica mais fácil de entender. Pois o sorriso é a respiração da alma. E o semblante nasce e vai crescendo de uma carta de amor.

Assim o semblante surge em quem lapida o diamante guardado em seu coração. Esse diamante é lapidado pela vontade, a boa vontade. De quem faz o que é certo, e as pessoas infelizmente costumam errar…

Felizmente, para acertar, primeiro – temos que prestar atenção em tudo que fizermos. A partir daí vamos fazendo o que é uma opção. A opção de estar consciente ou adormecido. De estar acordado ou sonhando.

Portanto, não há um código de barras, mas ele elucida. Ele mostra o que é o caminho para a subida. Uma subida por vezes íngreme, por vezes difícil. Cabendo a nós correr os riscos. É uma sintonia de ligação, o que é ligado, na Terra. O que é ligado nos Céus.

Redação

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