sexta-feira, 22, novembro, 2024

PDT de SP defende alternativa a PSDB de Doria e PT de Haddad

O diretório paulista trabalha com a ideia de ter uma nominata forte nas eleições proporcionais

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Em meio à polarização que dominou a disputa política nos últimos em São Paulo e no Brasil, o PDT de
SP se organiza rumo às eleições do fim do ano para propor ao maior estado do país uma alternativa ao
PSDB e ao PT.
Maior colégio eleitoral do país, São Paulo também é considerado como peça-chave para o partido levar
a candidatura de Ciro Gomes ao segundo turno na disputa pela presidência da República.
Em 2018, Ciro obteve 2,6 milhões de votos no estado, uma porcentagem de cerca de 11% dos votos
válidos contabilizados.
A distância para Fernando Haddad (PT) foi pequena, já que Bolsonaro performou melhor em São Paulo
(53%) que na média nacional.
‘Convocação’ a líder trabalhista
Em 2020, o presidente do PDT na capital paulistana, Antonio Neto, foi vice de Márcio França (PSB) na
candidatura dos dois partidos à prefeitura de São Paulo. Já em 2018, o líder sindical foi candidato ao
Senado pelo estado de SP e obteve cerca de 350 mil votos.
No dia 1o de maio de 2021, data que se celebra o Dia do Trabalhador, o presidente nacional do PDT,
Carlos Lupi, ‘convocou’ o trabalhista para disputar o cargo de deputado federal pela sigla no fim do ano.
“Receber uma convocação dessas do meu líder e irmão em pleno Dia do Trabalhador, me deixa muito
honrado. Espero poder honrar o PDT e o povo de São Paulo nesta tarefa”, escreveu Antonio Neto, na
época, em suas redes sociais.
Chapa forte
O diretório paulista trabalha com a ideia de ter uma nominata forte nas eleições proporcionais (deputado
estadual, federal e senador). Para isto, prepara candidaturas sólidas aos cargos, algumas delas com
nomes de peso da política paulista.
Uma delas é Suely Vilela, primeira mulher a se tornar reitora da USP e recém-chegada ao PDT. De
Ribeirão Preto, Vilela foi candidata à prefeita na cidade em 2020 pelo PSB, alcançando cerca de 90 mil
votos e indo para o segundo turno da disputa.
Suely Vilela acabou sendo derrotada por pequena diferença, mas mostrou força eleitoral. No fim do ano,
é ventilada como possível candidata à deputada estadual pelo partido.
Ex-comandante da Rota
No fim do ano, foi a vez de o PDT anunciar a chegada de outro nome conhecido: o tenente-coronel
Mario Filho, ex-comandante da Rota da Polícia Militar, se filiou à sigla e pode ser candidato ao Senado
no fim do ano. O oficial da Segurança Pública também é sacerdote de terreiro de umbanda.
Mario Filho chegou com a missão de ‘furar bolhas’ e levar os projetos defendidos pelo PDT em regiões e
grupos sociais que até então o partido enfrentava dificuldade em acessar.
Governo do estado
Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, não há ainda uma definição. A prioridade é lançar – ou
integrar – uma candidatura que defenda um Projeto Paulista de Desenvolvimento, em alúsão ao PND
defendido pela candidatura de Ciro Gomes à presidência. Antes de mais nada, o PDT quer ser uma
alternativa ao PSDB de João Doria e ao PT de Fernando Haddad.
Entre as pautas consideradas fundamentais, está a necessidade de investir e reconstruir a malha
ferroviária do estado, que poderia ligar o interior à região metropolitana de São Paulo, dando dinamismo
ao escoamento de produções e impulsionando o desenvolvimento econômico em todo o território
paulista.
Embora o PDT mantenha conversas com o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), há a
possibilidade de lançar uma candidatura própria, com um quadro do partido que poderia vir do interior

do estado.

Redação

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