*Dra. Edna Martins
Neste sábado será inaugurada a Casa SP Afro Brasil em Araraquara um projeto do governo do PSDB em parceria com a Prefeitura Municipal.
Falar do PSDB não é falar apenas do passado como querem alguns, mas sobretudo de um presente de luta pela vida dos brasileiros na pandemia e de inúmeras políticas públicas implementadas. Parabéns à Prefeitura e seus gestores que aderiram ao projeto e entregam um importante equipamento para Araraquara.
Aproveito a oportunidade para falar sobre o Partido da Social-Democracia que nos remonta sem dúvida a um passado, aliás um tempo digno de nota na gestão pública brasileira.
O Partido da Social-Democracia Brasileira tem uma marca de conquistas. Uma sigla que lutou pela democracia brasileira, que uma vez no governo estabilizou a economia e criou o Plano Real, criou as bases das principais políticas sociais vigentes no país. Na saúde criou os genéricos e o tratamento da Aids que foi modelo para inúmeros países.
PSDB é sinônimo de modernização da telefonia, do aparelho estatal, da criação da Lei da responsabilidade fiscal. É também o partido que implementou importantes políticas para as mulheres, com Franco Montoro registramos a primeira delegacia de defesa da Mulher, o primeiro Conselho Estadual da Condição Feminina, avançamos a cada governo culminando na última gestão em fortalecimento da Coordenação de Políticas para a Mulher e programas como dignidade íntima, SOS Mulher, Casa da Mulher Paulista.
Pelos Municípios paulistas podemos identificar a importância do Poupa Tempo, da Fatec, do Hospital Lucy Montoro. Ao longo do tempo construiu inúmeras lideranças qualificadas e podemos encontrá-las desenvolvendo projetos exemplares em vários municípios, como é o caso de Ribeirão Preto, só para citar um exemplo do interior paulista.
Em passado muito recente o PSDB cumpriu um papel fundamental na pandemia. Apesar dos efeitos das medidas impopulares, mas necessárias, é no governo do PSDB, com João Doria que o Brasil encontrou amparo para lutar pela ciência e, por meio dela, pela vida. Quando muitos preferiram calar-se para não contrariar o poder central foi o PSDB que comprou mais essa briga pelo Brasil.
Hoje vemos serem concluídas obras, inaugurados serviços como a Casa da Mulher Paulista, a Casa Afro, para falar de direitos humanos e de políticas que participei diretamente da construção. Precisaria de muitas páginas para registrar a quantidade de projetos em implementação que são o legado do partido da social democracia.
Não gosto de conclusões apressadas, como vejo alguns analistas fazerem quando apregoam o fim do PSDB, talvez vicio de socióloga, todo cenário tem um contexto que comporta no mínimo vários lados.
O PSDB vive uma crise? Sem dúvida. Assim como vários partidos já registraram ao longo de suas trajetórias. O PSDB pode superá-la? Sim pode. E eu diria, para o bem do Brasil, deve.
Nesse cenário de polarização entre direita e esquerda e de degradação da política, será fundamental uma posição de equilíbrio e programática, que seja capaz de renovação de suas lideranças. Atualmente o PSDB promove diálogos por todo Brasil, com o presidente Eduardo Leite. Ouvindo os Brasileiros, tucanos e tucanas para então realizar seu Congresso, atualizar sua plataforma política para enfrentar os problemas da realidade brasileira.
Reside nessas iniciativas a esperança da sobrevivência da grandeza do PSDB, que não será medida pela pragmática ocupação de espaços políticos em governos, mas pela grandeza do projeto que representa. Mantendo seu compromisso com a defesa intransigente da democracia, dos direitos individuais, na luta contra preconceitos, na luta pela igualdade por meio da gestão pública de qualidade.
*Dra. Edna Martins, socióloga, linguista, especialista em gestão pública e estudante de Direito.