sexta-feira, 22, novembro, 2024

Alunos da Uniara têm trabalhos aceitos para apresentação no Experimental Biology 2022

Evento será realizado entre os dias 2 e 5 de abril, na Filadélfia (EUA)

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O doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM e a aluna do curso de Medicina da Universidade de Araraquara – Uniara, Paulo Emilio Alves Gaspar e Jordana Mattiello Sormani, são os autores principais de trabalhos aceitos para apresentação no Experimental Biology 2022, que será realizado entre os dias 2 e 5 de abril, na Filadélfia, nos Estados Unidos. Ambos são orientados pelo coordenador do PPGB-MRQM, André Capaldo Amaral.

O estudo de Gaspar, que contou com a colaboração de Isadora Maia, Daniel Amaral, Hernane da Silva Barud, Rodrigo Alvarenga Rezende e Creusa Sayuri Tahara Amaral, tem como título “Meniscus Bioprinting Technology Roadmap”. “O objetivo foi realizarmos uma varredura nas bases de dados de periódicos e patentes, e assim, levantarmos informações pertinentes quanto ao estado atual referente ao processo de bioimpressão de menisco, para então traçarmos rotas estratégias para o sucesso da técnica”, explica o aluno.

Ele menciona que a pesquisa está em andamento, “e o que podemos apresentar, até o momento, é que há poucos estudos voltados à bioimpressão de menisco, sendo que tais trabalhos não têm se comprometido fielmente às características biomecânicas do menisco, e exibem resultados bons, porém, sem aplicação”. “Nosso trabalho tem muita relevância para a comunidade científica, pois ao seu término poderá servir como um filtro para pesquisadores e mostrar o que já foi feito dentro da área, assim como qual é o melhor caminho a ser tomado em futuras pesquisas para que se possa obter sucesso”, destaca Gaspar.

Amaral comenta que se trata do início do projeto de doutoramento de seu orientando, “usando uma metodologia chamada technology roadmap na identificação das tecnologias para a constituição de uma biotinta para a bioimpressão do menisco”. “Esse projeto, que conta com a Isadora, também aluna de Medicina, prevê um conceito de bioimpressão para a engenharia de tecidos, e também imprimirmos um menisco humano. Logicamente a primeira etapa para isso é conhecer um pouco melhor quais são as inovações lançadas nesse histórico recente para que possamos planejar, com propriedade, tanto o desenvolvimento da tinta quanto sua estratégia de celularização para o projeto de impressão do menisco”, detalha o coordenador.

Já o estudo de Sormani, intitulado “Decellularized Three-Dimensional Biomimetic Scaffolds as In Vitro Model for Tendon and Meniscus Regeneration”, tem como coautores Melissa Ishii Dognani, Viviann Ruocco Vetucci, Ana Paula de Souza Faloni e Eliane Trovatti. “O trabalho tem como categoria tópico a medicina regenerativa, uma área inovadora da ciência que implica na substituição ou regeneração de células, tecidos ou órgãos humanos. O projeto estabelece um novo conceito de modelos in vitro, no qual utilizamos suportes biológicos descelularizados para investigarmos as abordagens da medicina regenerativa diante de lesões degenerativas de meniscos e tendões”, detalham Sormani e Dognani, esta última também aluna de Medicina da Uniara.

Elas contam que as pesquisas continuam em andamento e que o tópico abordado no resumo é parte da metodologia de seus projetos de iniciação científica. “Esse tópico já teve seu protocolo desenvolvido, com análise histológica, e as demais etapas da metodologia estão caminhando. O estudo visa a desenvolver modelos pré-clínicos para novas propostas de tratamento para doenças, hoje incuráveis. Já os projetos, por sua vez, serão submetidos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP para pleitear uma bolsa de Iniciação Científica”, revelam as alunas.

Amaral relata que, em 2021, Sormani e Dognani iniciaram a participação no Programa de Iniciação Científica em Biotecnologia – PICBiotec e estão dando andamento ao projeto este ano. “Elas têm um trabalho bem interessante, que é a proposta de modelos de lesão de menisco e tendão in vitro para os estudos de medicina regenerativa. Esse trabalho é o ponto de partida para que, depois, as estudantes desenvolvam seus projetos de pesquisa – o da Jordana, com o menisco, e o da Melissa, com o tendão -, que envolvem o uso de células-tronco humanas e fatores de crescimento plaquetário como um conceito para o tratamento da lesão do menisco e do tendão, respectivamente. São trabalhos que estão fortemente engajados com a medicina regenerativa, que é a minha linha de pesquisa, e é uma contribuição da pós-graduação para os cursos de graduação da Uniara”, ressalta o orientador.

Ter os estudos de aceitos no Experimental Biology 2022, na Filadélfia, é motivo de grande alegria para o docente. “Pretendo ir ao evento, e é bem provável que a Jordana também vá para apresentar sua pesquisa presencialmente. É sempre uma satisfação muito grande para nós, da Uniara, termos representatividade em um congresso mundial como esse e levarmos o nome da universidade, mostrando todo o nosso potencial para o avanço científico nessa área da medicina regenerativa e engenharia de tecidos”, finaliza Amaral.

Redação

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