sexta-feira, 20, setembro, 2024

Crônicas do ser

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*Leonardo Daniel

AS ESTRELAS

Para Zé Celso (in memoriam)

Sobre as estrelas, preciso começar dizendo que às 06 horas da manhã ainda

dá para vê-las, pintando o céu, as estrelas nos remetem… nos levam para um novo mundo, de mistérios e profundamente místico, como por exemplo, os Signos do Zodíaco. Não devemos comparar uma noite estrelada, com outra; de qualquer dia.

Só agradeça, por não ter nuvens.

O Sol também é uma estrela, ver o Sol nascer, e, vê-lo se pôr é um caminho

para a felicidade. Não devemos jamais comparar, o Sol que está se pondo com outro pôr de Sol, no passado e/ou em qualquer lugar. Faço caminhadas pela manhã, bem cedo, e, é muito terapêutico. Na cidade em que eu moro, Inhumas/GO vejo o Sol nas minhas caminhadas. Vejo o Sol nascer, todos os dias e isso; é mágico. E se a noite revelou o que o dia teima em esconder é por causa das estrelas.

Quem vive de fato para guardar as estrelas – também ao guardar estrelas vive de fato. Dito isso, vamos agora falar de outra forma; outra forma de estrelas; vamos falar do: Amor, estrelas humanas… que no ato traz a cura – a cura plena.

Na sociedade e na cultura existem estrelas que são celebridades, mas há

também as estrelas que são inesquecíveis. É iluminado a quem o Sol ilumina. Há pessoas, artistas que são mesmo, inesquecíveis e sua obra ganha sempre vida nova na posteridade, que é o caso do poeta francês: Charles Baudelaire que com seu livro:

“As Flores Do Mal” vendeu somente 60 exemplares em vida e agora, pelo mundo este livro, se tornou um best-seller e, vendeu mais de 10 milhões de exemplares.

Lembrem-se que: “Gente é pra brilhar” (Caetano Veloso).

Então vamos falar de quem brilhou, fez sua Estrela brilhar: José Celso

Martinez Corrêa – Zé Celso…

Quando a estrela vira uma pessoa ela deixa claro o que quer fazer. E o que

ela realmente quer… é fazer as pessoas felizes, e o Zé Celso fez muita gente feliz.

Quando a gente pensa na vida e na obra dele como a montagem de: ‘Os Sertões’ por exemplo, percebemos que há uma ligação entre elas. São indissociáveis. ‘Vida e Obra’. É isso é muito raro, lembra das celebridades? Então, elas impactam a cena cultural, pois elas não são artistas de verdade.

Ele, o Zé Celso, viveu e ressignificou sua vida e sua arte. Ensinando contra

os preconceitos sejam eles quais forem e vivendo numa metáfora heroica, onde a vida vence a morte… ele foi despertando cada vez mais sua arte; principalmente o Teatro. Lembrando que, para Aristóteles a função de catarse da poética é gerar terror e piedade. É algo muito sério, portanto. Zé Celso, revolucionário, muitas vezes incompreendido.

E assim, ele falava que a palavra: AMOR já estava desgastada, e que agora ele só acreditava na palavra: SER.

*Leonardo Daniel é poeta, escritor e professor

Redação

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