sábado, 6, julho, 2024

Dependência química: uma luta diária 

Famílias enfrentam dificuldades e desafios na luta contra a dependência química de seus filhos, amigos e familiares

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O uso de drogas é apontado por especialistas como um dos principais problemas de saúde pública no mundo e o consumo dessas substâncias só tem aumentado. Quando utilizadas por muito tempo e em grande quantidade, seus efeitos podem ser graves, provocando overdose, que altera gravemente o funcionamento de órgãos, como pulmões e coração, podendo causar morte. 

Em Araraquara, os casos de morte por overdose têm chamado atenção e preocupado muitas famílias que buscam por atendimento e ajuda, principalmente do setor público. 

Embora o município possua convênios com duas clínicas que prestam atendimentos aos casos de dependência química, e faça um alto investimento para cada dependente internado, segundo resposta ao Requerimento nº 805/2022, de autoria do vereador Marchese da Rádio (Patriota), não é o suficiente para ao menos apaziguar o problema. 

“Em Estiva Gerbi, município com pouco mais de 11 mil habitantes, um trabalho de acolhimento e ressocialização tem feito a diferença na vida de muitos dependentes e de suas famílias”, observa o parlamentar. 

O vereador explica que o projeto social Casa Orebe existe há 18 anos e foi criado por um ex-usuário de drogas. Segundo ele, “embora receba ajuda de familiares, entidade religiosa e empresários, a Casa Orebe é autossustentável e, mesmo sendo regime aberto, o dependente internado é submetido a regras rígidas. Na casa, o interno recebe assistência espiritual, cuida da própria horta, da fabricação de pães para o próprio consumo, tem acesso a biblioteca, barbearia, além de alojamento”. 

Além do trabalho de recuperação do dependente, Marchese acrescenta que a Casa Orebe se preocupa em encaminhar os recuperados, inserindo-os no mercado de trabalho e tendo como resultado a recuperação de 80% dos dependentes que passam pelo projeto. 

“A reinserção social do dependente químico é algo que demanda força emocional para superar diversos obstáculos, sobretudo o preconceito e o descrédito da sociedade. Para muitos viciados, o recomeço da convivência em sociedade abrange a volta ao mercado de trabalho, o retorno aos estudos, como também a tentativa de restabelecer vínculos com os familiares e amigos”, completa o vereador. 

Conforme o Relatório Mundial sobre Drogas de 2018, a quantidade de pessoas no mundo que fez uso de entorpecentes ao menos uma vez no ano prosseguiu estável em 2016. “Sem dúvidas que para amenizar esses números e o retorno ao convívio social não seja frustrante, o dependente de substâncias psicoativas precisa se submeter a um tratamento especializado, a fim de que a sua reabilitação seja eficiente e eficaz”, finaliza Marchese. 

Redação

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