segunda-feira, 25, novembro, 2024

FIDA se encerra no sábado (30) com “Bailixtranha” no SESC Araraquara

Programação do sábado também conta com: Cena Indígena, Maracatu Sementes Crioulas, Cena Insolente e academias da cidade no Teatro de Arena

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No último dia do FIDA, no sábado (30), a programação tem início no Quilombo Rosa com: Cena Indígena “Conhecimentos dos instrumentos de Poder com Cantos e Dança Toré”, com Cacique Yradzú Kariri Xocó (AL) e Aratamã Kariri Xocó (AL), às 10h. Depois, às 12h, tem apresentação o Grupo de Maracatu Sementes Crioulas.

Das 14h às 17h, a Cena Insolente “Curadoria e artistas na América Latina – por uma ética da solidariedade” e “Encontro com programadores de Festivais Latinoamericanos” será realizada no Palacete das Rosas. A ideia é contar com a participação de público formado por artistas que devem estar munidos de seus projetos para serem apresentados aos curadores. Participam: Alejandra Díaz (Créar En Libertad/ Paraguay), Luís Alonso (FILTE/Brasil) e Adriana Banana (FID/Brasil), com mediação de Gilsamara Moura (FIDA/Brasil).

A apresentação de escolas, grupos e academias de dança de Araraquara e região será realizada às 17h no Teatro de Arena. Por fim, a partir das 20h, no Sesc Araraquara, acontece o “Bailixtranha”, com ênfase na cena trans, com Ballroom, desfile e DJs (classificação indicativa: 16 anos).

A 23ª edição do FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara, entre os dias 22 e 30 de setembro, apresenta o tema “Dançar sonhos manifestos”, em uma realização da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, com apoio: Unesp, Sesc Araraquara, Senac Araraquara, Prefeitura de Matão, Casa Pipa, UFBA – Universidade Federal da Bahia, Novo Hotel Municipal e Amigos da Arte. O evento é realizado com apoio institucional da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo e da APAA.

O festival apresenta programação gratuita com atividades que focam em ações formativas, espetáculos locais, espetáculos nacionais e internacionais, com a curadoria compartilhada entre Ailton Krenak – liderança indígena, escritor, pensador e membro da Academia Mineira de Letras – e a artista-docente Gilsamara Moura – atual vice-diretora da escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para as inscrições gratuitas nas oficinas é necessário o preenchimento do formulário online: https://bit.ly/fida-2023 ; enquanto que para os espetáculos os ingressos serão distribuídos uma hora antes da apresentação; para os espetáculos no Sesc Araraquara, os ingressos serão distribuídos a partir das 13h do dia da apresentação. Mais informações: www.araraquara.sp.gov.br/fida e redes sociais FIDA (instagram.com/fidaararaquara e facebook.com/FIDAARARAQUARA ).

·         Programação:

10 às 12h: Cena Indígena – Conhecimentos dos instrumentos de Poder com Cantos e Dança Toré

Com: Cacique Yradzú Kariri Xocó (AL), Aratamã Kariri Xocó (AL) e Maracatu Sementes Crioulas (SP)

Local: Quilombo Rosa (Avenida Lázaro Machado, 1150 – Valle Verde)

Neste encontro selvagem os parentes Yradzu e Aratamã retomam a importância do Toré e todos os elementos que compõem e caracterizam o povo Kariri Xocó: dança, os instrumentos, os cantos, o movimento e a importância de conexão da comunidade envolvida durante os rituais. A Dança acompanhada do som sagrado tem o poder de fortalecer uma comunidade, evocar a cura, prosperidade e harmonia. Por isso que o Toré não se limita à dança e ao canto, pois ele acontece efetivamente com a união desses elementos que são despertados pela intenção dos/das participantes.  O despertar e o fortalecimento da energia como nos ensina o cacique Yradzu pode ser potencializado pelo uso de instrumentos como a maracá, que é um instrumento muito importante no Toré por trazer o significado do fogo para transmutar e alimentar a nossa energia, bem como o assobio que também faz parte do Toré e avisa os homens, as mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos que é preciso respirar e escutar o elemento ar através dele.

12h: Maracatu Sementes Crioulas

Local: Quilombo Rosa (Avenida Lázaro Machado, 1150 – Valle Verde)

Fundado em 02 de setembro de 2017, o grupo cultural Maracatu Sementes Crioulas – Baque Angola, estuda a tradição do Maracatu de Baque Virado, por meio de vivências, ensaios e apresentações.

De acordo com Jorge Rufino, organizador do grupo, o maracatu é uma expressão cultural do Nordeste do Brasil de matriz africana. “Depois de passar um período dentro das festas do ciclo do Natal, migrou para o carnaval, sendo hoje uma das expressões mais importantes do ciclo carnavalesco no Nordeste, principalmente em Pernambuco. Seu mais remoto registro é de 1711, em Olinda. Sua origem vem das coroações de Reis e Rainhas do Congo que aconteciam nas igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.”

O Maracatu é uma manifestação cultural que tem por tradição o costume de acolher toda e qualquer pessoa que chegue perto e de alguma forma se interesse pela cultura. Jorge Rufino conta que “no Sementes, recebemos pessoas com síndrome de down, deficientes físicos, pessoas idosas, adultos e crianças, sempre em atividades coletivas. Os mais velhos nos contam que se você integra um maracatu, é por ter sido escolhido por ele, e por ter uma missão junto aquelas pessoas do grupo.”

O grupo já participou de importantes eventos na agenda cultural da cidade de Araraquara e Região, com destaque para a agenda de carnaval da cidade.

14 às 17h: Cena Insolente – Mesa “Curadoria e artistas na América Latina – por uma ética da solidariedade” e “Encontro com programadores de Festivais Latinoamericanos (traga seu projeto artístico e o apresente aos curadores)

Curadoras convidadas: Alejandra Díaz (CRÉAR EN LIBERTAD/ Paraguay), Luís Alonso (FILTE/Brasil), Adriana Banana (FID/Brasil) + Mediação: Gilsamara Moura (FIDA/Brasil)

Horário: das 14h às 17h

Local: Palacete das Rosas

O FIDA propõe que este encontro inaugure práticas de solidariedade entre artistas e curadores para gerar transformações nas formas habituais que cada função vem sendo exercida. Os modelos praticados são claramente insustentáveis, gerando exclusão e perspectivas hegemônicas, totalmente às avessas da ética aqui proposta, denominada ética da solidariedade.

Curadoras convidadas:

Alejandra Díaz (CRÉAR EN LIBERTAD/ Paraguay): Coreógrafa-Dançarina-Professora-Curadora-Pesquisadora-Gestora-Cultural-Independente. Artista de dança, paraguaio-argentino, formada na Argentina, aperfeiçoado na França, EUA, Brasil e Paraguai, onde reside desde 1985. Tem produzido e promovido iniciativas de formação cultural, criações multidisciplinares independentes, intercâmbio cultural, colabora na co-gestão em redes e plataformas, compilação histórica e cooperação internacional, especialmente no que se refere à dança. Fundadora – Diretora Artística da Associação Cultural “Crear en Libertad” e 21 edições do Encontro Internacional de Dança e Artes Contemporâneas.

Luís Alonso (FILTE/Brasil): formado pela Escola Nacional de Artes e cursou no Instituto Superior de Artes de Havana, Cuba; formou em Letras pela UNEB. Mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC-UFBA e Doutorando no mesmo programa. Diretor do grupo Oco Teatro Laboratório, do Festival Internacional Latino-Americano de Teatro da Bahia, organiza o Colóquio Internacional de Artes Cênicas da Bahia, editor da Revista Boca de Cena, organiza o Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste. Membro permanente há 30 anos do grupo multicultural de pesquisa teatral Ponte dos Ventos, dirigido por Iben Nagel Rasmussen, atriz do Odin Teatret.

Adriana Banana (FID/Brasil): é uma artista que co fundou a Cia de Dança Burra (BH-MG), o Clube Ur=H0r (desde 1997) e, pensado como estratégia de dinamização do ambiente das artes do corpo, idealizou o FID – Fórum InterNacional de Dança, com sua primeira edição acontecendo em 1996, concomitantemente em Belo Horizonte e São Paulo. Banana é doutoranda em Artes Cênicas (ECA/USP), Mestre em Dança (UFBA) e Graduada em Filosofia (UFMG). Também possui especialização em Neurociências da Aprendizagem (UNINOVE-SP).

17h: Apresentação das escolas, projetos sociais, grupos e academias de dança de araraquara e região

Local: Teatro de Arena

Esta iniciativa de reunir as academias, grupos e escolas de dança da cidade de Araraquara/SP e região, se faz presente desde 2017. Celebrar a dança com as pessoas artistas, docentes e estudantes locais sempre foi um dos interesses do FIDA, sob a curadoria de Gilsamara Moura. As apresentações contam com diversas maneiras de dança. Uma iniciativa de “palco livre”.

20h: Cena Trans – Ballroom – “Bailixtranha”

Local: Sesc Araraquara 

Kiki ball, um baile de voguing com suas categorias dançadas e não dançadas, articulada pela Casixtranha, encerrará o Festival Internacional de Dança de Araraquara – FIDA.  Inspirada no “Sonho Manifesto”, título do livro de Sidarta Ribeiro, a ball celebrará a dança e o sonho de um mundo com respeito, dignidade e igualdade. Sem necessidade de ingresso: é só chegar e participar!

Ficha técnica:

Monstra de Cerimônia: Princess Founder Sarah Ixtranha

Júri: Godmother Founder Wendy Ixtranha

Chanter: Imperatriz Núbia Candace

DJs: Founder Bruny Ixtranha

Mequetrefe Ixtranha

Produção técnica: Hella Ixtranha

Classificação indicativa: 16 anos

Duração: 120 min

SERVIÇO:

FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara 2023

Data: 30 de setembro (sábado)

10h às 12h: Cena Indígena “Conhecimentos dos instrumentos de Poder com Cantos e Dança Toré”, com Cacique Yradzú Kariri Xocó (AL), Aratamã Kariri Xocó (AL)

12h: Sementes Crioulas – Maracatu

Local: Quilombo Rosa (Avenida Lázaro Machado, 1150 – Valle Verde)

14h às 17h: Cena Insolente – “Curadoria e artistas na América Latina – por uma ética da solidariedade” e “Encontro com programadores de Festivais Latinoamericanos” (traga seu projeto artístico e o apresente aos curadores)

Com: Alejandra Díaz (Créar En Libertad/ Paraguay), Luís Alonso (FILTE/Brasil) e Adriana Banana (FID/Brasil)

Mediação: Gilsamara Moura (FIDA/Brasil)

Local: Palacete das Rosas (Rua São Bento, 794 – Centro)

17h: Apresentação escolas, grupos e academias de dança de Araraquara e região

Local: Teatro de Arena Prefeito Benedito de Oliveira (Av. Adhemar Pereira de Barros, s/nº – Melhado)

20h: Ballroom “Bailixtranha” (cena Trans) / Festa de Encerramento Ballroom – desfile, DJs

Local: Sesc Araraquara (Rua Castro Alves, 1315 – Quitandinha)

*sem necessidade de ingresso

Programação gratuita

Redação

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