sexta-feira, 22, novembro, 2024

No Brasil, proporção de mulheres pedalando com bicicletas compartilhadas é seis vezes maior que entre ciclistas em geral

O estudo Micromobilidade no Sul Global mostra ainda que a diferença pode chegar a até 12 vezes em algumas cidades

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Com o grande crescimento do uso das bicicletas nas cidades, a Tembici reuniu em um grande estudo informações sobre bicicletas compartilhadas, bem como os impactos sociais e ambientais envolvidos nesses sistemas. Com aproximadamente 5.700 respondentes, um dado de destaque é sobre a diversidade de quem pedala. No Brasil, por exemplo, cerca de 7% das pessoas que usam bicicletas são mulheres, já quando analisado os sistemas de bicicletas compartilhadas, elas representam 40%.

Quando falamos em democratizar o acesso às bicicletas, temos diversos desafios com relação ao incentivo do uso de micro modais, e quando trazemos as mulheres para o centro da discussão, eles se tornam ainda maiores. Em um país em que mais de 50% da população é composta por mulheres, elas não chegam a representar 10% do percentual de quem pedala, entre ciclistas de modo geral, em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Com isso, a informação sobre essa adesão ao sistema de bicis compartilhadas chama ainda mais atenção.

“Existem fatores importantes que explicam maior expressividade de mulheres pedalando as bicicletas compartilhadas como a localização das estações, por exemplo, que são instaladas estrategicamente em locais de grande movimentação, com boa iluminação e próximas à estrutura cicloviária e muitas vezes conectadas a outros meios de transporte, transmitindo uma sensação maior de segurança”, explica Carolina Rivas, CIO da Tembici. Segundo ela, além da praticidade de retirada e devolução em estações fixas existe o uso sem a necessidade de preocupação com a manutenção da bike.

Diante dessas informações e, principalmente destes dados, Rivas afirma que o bike sharing é também uma porta de entrada para novas ciclistas. “Ainda assim, é importante que esses números cresçam de forma geral e que as mulheres se sintam confortáveis de pedalar em todas as ruas.”

Vale destacar que essa realidade não se aplica apenas ao Brasil. No Chile, por exemplo, onde a Tembici também possui operação, as mulheres representam apenas 3% das pessoas que pedalam no ciclismo em geral. Em contrapartida, nos sistemas de bike compartilhada, o percentual chega a 35%, o que representa 12 vezes mais mulheres que pedalam.

Metodologia do estudo

Além de questionário respondido por 5.700 pessoas do Brasil, Chile e Argentina a produção do estudo contou com múltiplas metodologias de pesquisa que foram: Desk research com sistemas de bicicletas compartilhadas LATAM, análise de dados secundários e administrativos e dados de pesquisa realizada pelo Itaú Unibanco em parceria com o Cebrap.

Sobre a Tembici – A empresa é líder de micromobilidade na América Latina, responsável por 200 milhões de deslocamentos com bicicletas nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife e Porto Alegre, além de Santiago, no Chile, Buenos Aires, na Argentina, e Bogotá, na Colômbia. Considerada uma das startups mais promissoras e inovadoras do país, pela lista das 100 Startups to Watch (2020 e 2021), ao longo dos últimos anos a empresa acompanhou o aquecimento do setor de micromobilidade no mundo e, devido ao seu modelo de negócio e qualidade do produto, registra crescimento sólido e contribui diretamente para consolidar a bicicleta como um modal de transporte nas cidades em que atua. Em 2022, a empresa se tornou a maior Empresa B de bicicletas compartilhadas do mundo.

Redação

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