A insegurança na Casa de Acolhida “Assad-Kan”, na Vila Santana, em Araraquara, chegou a um ponto crítico. Desde que a Prefeitura retirou a segurança do local durante o dia, os casos de agressões têm aumentado de forma alarmante. A unidade, que presta atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade, tem funcionado nesta situação há dois meses, expondo seus funcionários e usuários a riscos constantes, já que é justamente durante o dia que ocorrem a maioria das agressões.
Segundo funcionários, somente neste período, ocorreram seis situações de agressões contra servidores, uma média de quase um caso por semana. O episódio mais recente aconteceu nesta quinta-feira (9), quando uma mulher, visivelmente alterada, apedrejou a unidade, quebrando vidros e deixando servidores, acolhidos e vizinhos em pânico.
Uma das servidoras, que não quis se identificar, relatou o clima de medo que domina o espaço: “Estamos trabalhando sem proteção nenhuma. A partir de hoje, não vamos atender as pessoas que vierem até a unidade enquanto a Secretaria de Assistência não resolver essa situação”, afirmou.
O vereador Alcindo Sabino (PT) visitou o local nesta sexta-feira (10) e reforçou a gravidade do problema. “Não é aceitável que profissionais que dedicam suas vidas a cuidar dos mais vulneráveis sejam deixados sem o mínimo de segurança. Vou cobrar providências imediatas da Prefeitura para que a Casa de Acolhida volte a ter vigilância e condições dignas de trabalho e atendimento”, afirmou.
Servidores da unidade relatam que o medo e o estresse estão se tornando parte da rotina. A expectativa é de que a Prefeitura restabeleça urgentemente o serviço de vigilância para evitar novos transtornos e garantir a integridade de todos que frequentam e trabalham no espaço.