Na última segunda-feira (11), após um período sem atividades, no Centro de Ressocialização (CR) masculino de Araraquara iniciou-se a 5° Jornada de Cidadania e Empregabilidade e, dentre várias atividades na programação, aconteceu a palestra sobre prevenção ao uso nocivo de drogas lícitas e ilícitas e a responsabilidade dos pais na educação dos filhos.
A atividade, que faz parte da programação desde a 1° edição da Jornada, foi ministrada pelo Professor Marcio Servino, especialista em Dependência Química e Conselheiro Tutelar, que desde a primeira edição participa da jornada abordando o tema prevenção ao uso nocivo de drogas.
Servino explica tratar-se de uma atividade de prevenção seletiva, considerando que mais de 90% dos homens que se encontram recolhidos privados de sua liberdade, estão em decorrência do tráfico de drogas e fazem e faziam uso de drogas lícitas e elicitas. Participaram 150 reeducandos que tiveram a chance de compreender sobre origem e composição de diversas substâncias, assim como as consequências do uso para saúde e sua vida social, profissional e familiar. Dentre todas as drogas foi enfatizado que bebida alcoólica é a pior delas e a que causa mais danos na vida das pessoas, por ser usada precocemente na juventude, as vezes até mesmo na infância e por muito tempo e que o uso até os 21 anos de idade pode causar danos irreversíveis ao sistema neuronal.
Também foi destacado que drogas ilícitas em especial as sintéticas como doce e bala se tornam cada vez mais populares entre os usuários, aumentando vício, tornando maior o risco de vida ou de se tornarem dependentes químicos.
Por haver na unidade internos de diversas cidades e culturas diferentes e tratar-se de grupo específico e inúmeros fatores de risco, e isto ser problema de saúde pública, a falta de informação no tocante ao uso de drogas se faz presente, de modo que por meio de dinâmicas e de linguagem popular e assertiva, Servino falou sobre os riscos do uso nocivo, abordou também sobre a função deles quanto pais de seus filhos(as), que mesmo estando reclusos por um determinado tempo não deixam de ser responsáveis e que podem, por exemplo, em uma visita da família, questionarem e falarem sobre assunto e assim prevenirem o risco precoce do uso de drogas em especial de bebida alcoólica.