Os servidores municipais de Araraquara recusaram a nova proposta da Prefeitura durante a assembleia realizada na noite dessa segunda-feira (25).
Cerca de 100 servidores municipais participaram da assembleia chamada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e região (SISMAR), que foi realizada na frente da Prefeitura. A categoria resolveu não aceitar a nova proposta feita pelo Executivo e intermediada pelo presidente da Câmara Municipal o vereador Aluísio Boi (MDB).
No mesmo dia, Boi apresentou aos dirigentes do sindicato a intenção da Prefeitura para uma contraproposta. Nessa nova proposta, o Executivo manteria o reajuste de 5%, porém, em uma única parcela, a partir de agosto, para ser pago na folha de pagamento de setembro. Na proposta anterior o reajuste seria fracionado em duas parcelas, em outubro de 2022 e fevereiro de 2023.
O piso mensal do funcionalismo municipal também passaria imediatamente para R$ 1.302,00 e seria retroativo a partir de janeiro. O valor do vale-alimentação também poderia chegar a R$ 740,00 sendo R$ 440,00 fixos e o restante pago ao servidor que não apresentasse três atestados médicos ou mais no ano.
Uma contraproposta dos servidores foi protocolada na Prefeitura nessa terça-feira (26) e o SISMAR aguarda uma resposta urgente da Administração.
“Assim que o governo se posicionar, será realizada nova assembleia para deliberação da categoria. Esta contraproposta é um aceno claro de que os servidores querem um acordo, pois a categoria está abrindo mão até mesmo do reajuste da inflação para poder avançar no diálogo. Por outro lado, cabe à Prefeitura, agora, demonstrar vontade política para atender os servidores”, diz o sindicato.
Contraproposta dos servidores:
– Reajuste de 10% para todos os servidores (o pedido original era de 21% da inflação e mais 14% a título de valorização do funcionalismo que literalmente deu a vida nesta pandemia);
– Vale alimentação de R$ 850 (manteve-se o pedido original, visto que o valor pedido ainda é menor do que o preço de uma cesta básica em Araraquara – R$ 902, de acordo com o Sincomércio);
– Cumprimento integral e imediato do PCCV de 2019, incluindo as reduções de jornada e os avanços salariais prometidos há 3 anos e nunca cumpridos;
– Piso salarial de R$ 1.453 para o funcionalismo, retroativo a janeiro;
– Pagamento do piso nacional dos professores, retroativo a janeiro (conforme proposta da própria Prefeitura);
– Majoração do vale-alimentação dos servidores inativos;
– Ressarcimento de eventuais descontos salariais efetuados por causa da participação de servidores nos protestos relacionados à data-base.