sexta-feira, 22, novembro, 2024

Nanoarte do CDMF é finalista de concurso internacional 

A votação é pelo Instagram e vai até 14 de novembro

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Ricardo Tranquilin, pesquisador associado do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), com sede na Universidade Federal de São Carlos, está entre os finalistas do concurso NanoArtography 2024.

A votação aberta ao público em geral é realizada até 14 de novembro de forma simples pelo Instagram: as concorrentes estão no feed do perfil, e a que tiver mais curtidas, ganha. Tranquilin está concorrendo com 3 nanoartes (aquiaqui e aqui).

As três imagens microscópicas que geraram a nanoarte de Tranquilin são do material Fosfato de Cálcio, nas quais o pesquisador faz uma associação desse material, que é conhecido por apresentar diferentes formas e morfologias, com as plantas da família das suculentas.

Pioneiro na América Latina em Nanoarte, desde 2008 o CDMF conta com um núcleo de criatividade em Nanoarte, formado por Rorivaldo Camargo, Ricardo Tranquilin, Enio Longo e Daniela Caceta, cujos trabalhos já foram expostos em inúmeras cidades brasileiras e em outros países, sob a supervisão do Prof. Dr. Elson Longo, diretor do CDMF. A primeira exposição foi realizada em 2008 na USP em São Carlos.

O projeto Nanoarte  já esteve em Franca (SP), Araraquara (SP), Natal (RN), Tatuí (SP), Reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), XXII Semana de Química “Prof. Edson Rodrigues” (SEMAQ) na USP, em São Carlos; 1º Festival de Fotografia de São Carlos, no Museu da Ciência Professor Mário Tolentino; Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Reitoria da Unesp, em São Paulo; no Centro Cultural do Ministério da Saúde, em Brasília; Nova Iorque (EUA), San Sebastian (Espanha), Castellón (Espanha), Tel Aviv (Israel) Ilha de Creta (Grécia),  e no terceiro Festival Internacional de NanoArt em Iasi, na Romênia.

A Nanoarte do CDMF tem representado o Brasil em inúmeros concursos. Obras de Traquilin, por exemplo, já receberam diversos prêmios. “Já tive a oportunidade de ser agraciado em alguns concursos, no NanoArtography consegui uma menção honrosa em 2020; o terceiro lugar em 2016; uma menção honrosa em 2018 e um segundo lugar em 2019. Aqui no Brasil um terceiro lugar no II Prêmio de Fotografia Ciência e Arte – 2012, do CNPq. Em 2015, um primeiro lugar na NanoArt International Online Competition Edition 7 e um segundo lugar no NanoArt International Online Competition 2010”, lembra o pesquisador.

O artista plástico Enio Longo, do Projeto Nanoarte do CDMF, também tem projetado internacionalmente a nanoarte brasileira. Em 2012 participou de uma exposição em Tel Aviv (Israel), coordenada pelo cientista/artista Cris Orfescu. Posteriormente, levou a Nanoarte do Brasil para exposições em Nova Iorque, São Francisco (Califórnia) e Romênia. Em 2014, um quadro de Enio foi publicado em matéria sobre a nanoarte no The News York Times. Em 2015 foi eleito o quarto artista mundial no desenvolvimento de nanoartes na exposição de Nanoart21 em São Francisco – Califórnia. Em 2021, cinco obras de Enio integraram a mostra internacional ‘3D Museum of NanoArt’, nos Estados Unidos; e também naquele ano foi o único representante da América Latina na exposição internacional França-China Arte-Expo, com curadoria de Jean Jacques Humbert, da França. Uma obra de Enio também foi selecionada para fazer parte do Moon Arts Project, iniciativa ligada à Carnegie Mellon University (Estados Unidos).

Nanoarte

A Nanoarte é uma expressão artística oriunda da nanotecnologia, que integra ciência, inovação, arte e difusão de conhecimento. As imagens nanométricas dos materiais são obtidas por meio de microscópios eletrônicos de alta precisão em pesquisas realizadas por alunos de graduação e pós-graduação no laboratório do CDMF, na UFSCar. Posteriormente, essas imagens são processadas usando diferentes técnicas artísticas para convertê-las em obras de arte, com os propósitos de revelar a beleza das formas do universo invisível a olho nu e de popularizar e estimular a curiosidade científica. 

A fusão de ciência e arte é capaz de transformar sistemas extremamente complexos em formas simples e proporcionar um melhor entendimento das origens dos materiais como prata, ouro e outros compostos sintetizados em laboratório. A Nanoarte torna possível mostrar a face oculta da estrutura dos materiais manométricos e difundir em forma de arte o conhecimento sobre as diferentes formas encontradas.

Livro
Em 2015, o CDMF lançou o livro “Nanoarte: A arte de fazer arte”, reunindo mais de 200 imagens. As ilustrações são acompanhadas por duas legendas – uma com o nome científico do material e outra com sua interpretação artística.

CDMF

O CDMF, sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).

Redação

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