sexta-feira, 8, novembro, 2024

Desemprego cai para 6,4% no terceiro trimestre

O número da população desocupada (pessoas que não estavam trabalhando e procuravam algum tipo de emprego) caiu para 7 milhões de brasileiros, segundo o IBGE

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A taxa de desemprego caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, 31 de outubro, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. O percentual é o menor para o período e o segundo menor da série histórica, iniciada em 2012, atrás apenas da taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%). No trimestre de abril a junho deste ano, o percentual foi de 6,9%.

O número da população desocupada (pessoas que não estavam trabalhando e procuravam algum tipo de emprego) caiu para 7 milhões de brasileiros. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

A população ocupada atingiu um novo recorde, com 103 milhões de brasileiros empregados. Houve um crescimento em ambas as comparações: 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 3,2% (mais 3,2 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 58,4%, crescendo nas duas comparações: 0,6 pontos percentuais (p.p.) ante o trimestre móvel anterior (57,8%) e 1,3 p.p. no ano (57,1%). Este foi o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em setembro desde 2012.

POPULAÇÃO SUBUTILIZADA — A taxa composta de subutilização caiu 0,8%, atingindo 15,7%. A população subutilizada teve uma queda de 4,4%, atingindo o menor percentual desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015, e atingiu 18,2 milhões de pessoas.

SETORES ECONÔMICOS — A Indústria e o Comércio foram os grupamentos de atividade que puxaram o aumento da ocupação no trimestre, com altas, respectivamente, de 3,2% e de 1,5% em seus contingentes. Juntos, esses dois grupamentos absorveram 709 mil trabalhadores, na comparação trimestral (416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio). Além disso, a população ocupada no Comércio foi recorde, chegando a 19,6 milhões de pessoas. Os outros grupamentos mantiveram estabilidade na comparação trimestral. Na comparação anual, sete grupamentos (Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços) aumentaram seu número de ocupados, enquanto dois (Alojamento e Alimentação e Serviços domésticos) mantiveram estabilidade. Somente a Agropecuária mostrou queda (-4,7%) na sua população ocupada.

SETOR PÚBLICO E PRIVADO — O número de empregados no setor privado chegou a 53,3 milhões, novo recorde da série iniciada em 2012, com altas de 2,2% (mais 1,1 milhão pessoas) no trimestre e de 5,3% (mais 2,7 milhões de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 39 milhões, mais um recorde. Já o número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 4,6% (568 mil pessoas) no ano.

TRABALHADORES AUTÔNOMOS OU INFORMAIS — O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões) e de empregadores (4,3 milhões). A taxa de informalidade foi de 38,8% da população ocupada (ou 40 milhões de trabalhadores informais) contra 38,6 % no trimestre encerrado em junho e 39,1 % no mesmo trimestre de 2023.

RENDA MÉDIA — O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.227 no trimestre, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 3,7% quando comparado ao mesmo trimestre móvel de 2023. Já a soma das remunerações de todos os trabalhadores, que é a massa de rendimentos, chegou a R$ 327,7 bilhões, mantendo estabilidade no trimestre e subindo 7,2% na comparação anual. A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do país. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Redação

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