Docente de Farmácia da Uniara faz alerta sobre uso de medicamentos para emagrecimento

Especialista lembra que toda medicação deve ter acompanhamento médico

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O docente dos cursos de Farmácia da Universidade de Araraquara – Uniara, Leonardo Gorla Nogueira, faz um alerta sobre os riscos da automedicação no combate a obesidade e dá algumas dicas para quem procura ter uma rotina mais saudável.

“A automedicação para obesidade pode trazer riscos sérios, incluindo efeitos colaterais graves como alterações cardíacas, distúrbios gastrointestinais e impacto no metabolismo. Além disso, o uso sem acompanhamento médico e farmacêutico, pode levar a interações medicamentosas perigosas e a dependência psicológica. Muitos desses medicamentos exigem monitoramento rigoroso, pois podem afetar hormônios e sistemas essenciais do organismo”, explica.

De acordo com Nogueira, “os principais efeitos colaterais incluem náuseas, vômitos, diarreia, constipação, dores de cabeça, insônia e aumento do risco de problemas cardiovasculares”. “Além disso, alguns medicamentos podem afetar o humor e levar a episódios de ansiedade ou depressão. Deve-se procurar o médico imediatamente em caso de efeitos adversos persistentes, dores no peito, palpitações, falta de ar ou qualquer outro sintoma preocupante”, alerta.

Ele afirma que a melhor forma de manter os resultados após o tratamento é adotar hábitos saudáveis a longo prazo. “Isso inclui uma alimentação equilibrada, rica em fibras, proteínas e gorduras boas, além da prática regular de atividades físicas. Também é fundamental manter o acompanhamento com um profissional de saúde para evitar o efeito rebote e garantir que o metabolismo esteja funcionando de forma adequada”, ressalta.

O especialista alerta para o uso de medicamentos em crianças e adolescentes. “O uso deve ser avaliado com extrema cautela, pois o organismo das crianças e dos adolescentes ainda está em desenvolvimento. Os principais riscos incluem impactos no crescimento, alterações hormonais e efeitos psicológicos, como ansiedade e depressão. Os responsáveis devem estar atentos à prescrição médica adequada e garantir que a perda de peso ocorra dentro de um contexto saudável, envolvendo reeducação alimentar e atividade física, em vez de depender exclusivamente de medicamentos”, orienta.

“A principal recomendação é não iniciar o uso desses medicamentos sem orientação médica. A obesidade é uma condição multifatorial e o emagrecimento seguro depende de um plano individualizado. Em vez de buscar soluções rápidas, é essencial focar em mudanças no estilo de vida que promovam a saúde a longo prazo. Caso haja dificuldade para perder peso, o ideal é procurar um médico, nutricionista e até farmacêutico, para avaliar as melhores abordagens de forma segura e eficaz”, finaliza Nogueira.

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