domingo, 19, maio, 2024

Família espera reaver casa invadida no Maria Helena

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A invasão de uma casa popular localizada no Jardim Maria Helena Lepre Barbieri vem chamando a atenção, pois os proprietários são pais de uma menina de 5 anos que tem problemas graves de saúde e depende de oxigênio e cadeira de rodas especial e, por isso, necessita de uma casa adaptada. Claudiana Perpétua Nogueira, mãe da menina Isabelli Borges, tem ainda mais dois filhos.

Claudiana concedeu entrevista à reportagem do O Imparcial e explicou que ficou esperando ser sorteada no Programa Minha Casa Minha Vida por cinco anos, após ser contemplada, morou por dois anos na casa, até que sua filha, que tinha cardiopatia congênita fez uma cirurgia e sofreu uma parada cardiorrespiratória, onde hoje se alimenta apenas por sonda e perdeu todos os movimentos. Nesse momento, a família achou melhor mudar-se para a casa da avó da menina, no Jardim das Hortênsias, onde teria mais espaço, até que conseguisse adaptar a casa para a nova vida da filha.

A família espera uma solução para poder voltar a sua casa

Para que a casa do Jardim Maria Helena não ficasse vazia seu marido ou, às vezes sua prima, dormia na casa, tanto que o marido foi construindo o muro ao redor do imóvel, enquanto a família conversava com a Secretaria da Habitação para que o projeto das adaptações fosse feito. A espera já se estendia por quatro meses, quando no dia 15 de março de 2018, invadiram a casa.
Claudiana foi avisada da invasão por uma vizinha e foi até a casa para explicar o porquê não morava na casa, levou inclusive o contrato e as prestações pagas, todas em dia, mas a invasora afirmou que foi até a Secretaria da Habitação, onde foi orientada por uma funcionária chamada Marli, que poderia entrar na casa, pois já havia mato alto em frente o imóvel.
No dia seguinte a invasão, Claudiana foi até a Secretaria da Habitação para conversar com a funcionária Marli que lhe mostrou um documento assinado pela invasora de posse irregular. A proprietária tentou tirar uma foto do documento, mas a funcionária pública não permitiu.
Para piorar a situação, o advogado que está com o caso, não entrou com a reintegração de posse ainda.

Claudiana afirma que em nenhum momento recebeu notificação da Prefeitura ou Habitação, sobre a casa, e mesmo após a invasão, nunca o poder público deu sequer um telefonema a respeito.

Proprietária nova

No DAAE e na CPFL já consta que a propriedade da casa é da invasora.
A mãe de Claudiane, saiu de sua casa e hoje paga aluguel para que a neta consiga ter mais conforto e espaço para os aparelhos que utiliza para sobreviver.
O que a família espera é que a Prefeitura e a Secretaria de Habitação resolvam o problema, pois a casa precisava de reformas e a família não tem condições de pagar um imóvel para outra pessoa morar.
A reportagem foi até a casa do bairro Maria Helena, mas no momento não havia ninguém.
Vale lembrar que Isabelli se alimenta por sonda e esse mês não recebeu o leite da Prefeitura. A mãe diz que já ligou perguntando, mas não há previsão da chegada do suplemento alimentar.
O jornal entrou em contato com a prefeitura na sexta-feira (18), mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.

Redação

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